Alexandrina Barbosa da Silva, filha de Vitor Barbosa da Silva e Maria Antônia de Jesus (Souza), nasceu no Ribeirão, distrito de Santo Antônio do Monte-MG, a 22.11.1910. Casou-se com José Martins Basílio (Zé Jacó) com quem teve nove filhos, sendo que ainda esperava o caçula quando o marido faleceu em novembro de 1948, deixando-a com sete filhos vivos e o nascituro.
Após a morte do marido passou a viver na cidade de Moema-MG, perdeu sua filha Aparecida e teve seu filho caçula, Tarcísio, que nasceu na madrugada de 26 de junho de 1949, dentro do Córrego do Doce, onde tomou o primeiro banho de sua vida.
Um ano depois, Alexandrina na mais absoluta pobreza foi buscar a sobrevivência na cidade de Uberaba-MG, onde muito trabalhou, inclusive na Fábrica de Tecidos; adotou o filho Francisco de Assis Martins (Mauro Lúcio) em 1957.
O filho Geraldo Martins Basílio, que cedo ainda saíra pelo mundo (Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo), veio buscar toda a família em janeiro de 1962 e a levou para São Paulo-SP. O filho Geraldo viria a falecer em 1965.
Neste tempo todo Alexandrina nunca deixou que seus filhos se esquecessem de sua Moema-MG. Todas as noites rezava, juntamente com seus filhos para todos os parentes e amigos de sua Terra e, depois do Terço, contava muitas e muitas histórias de seu Povo e de sua Terra, fascinando a todos, principalmente ao seu filho caçula Tarcísio que sempre foi encantado por sua Terra, de onde saíra com um ano e pouco de idade.
Em 1983, depois de 32 anos, o filho Tarcísio levou-a para rever Moema-MG e, assim, finalmente, ele pôde conhecer sua Terra Natal e os seus padrinhos de Batismo e Crisma.
Alexandrina, com a família totalmente criada e formada, faleceu em 10.11.1986 deixando filha, filhos e netos.
Em 1987, Tarcísio, com a ajuda de seu padrinho Rafael Bernardes, lançou a primeira edição do livro que conta a História de Moema.
Em sua segunda edição, hoje disponibilizada pela Internet, Tarcísio escreveu:
Antes, não tinha Terra...
Minha mãe foi minha Terra.
Agora, não tenho mãe...
E nem um quadro na parede.
Dói também. Dói até mais, Poeta....
Em 22.11.2010 completaram-se CEM anos do nascimento de sua mãe. Assim, vem apresentar o vídeo abaixo, “O Ribeirão de Santo Antônio”, em homenagem àquela que manteve viva em sua cabeça as LEMBRANÇAS DE MOEMA.